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Para banco do BRICS, transporte de Curitiba tem olhos no futuro


Foto: Luiz Costa/SMCS 1/3

| 22/2/2021

Com as propostas que está tirando do papel, Curitiba trilha um caminho que a mantém com olhos no futuro da mobilidade urbana. A opinião vem de representantes do New Development Bank (NDB), o banco do BRICS, que estiveram esta semana na capital em visita técnica para sugerir melhorias nos projetos de implantação do Corredor Leste-Oeste.

Nesta sexta-feira (19/2), os representantes do banco e integrantes do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) fizeram um balanço da visita. Foram questões de segurança viária do novo eixo que vai ligar a estação CIC-Norte a Pinhais apresentadas ao secretário do Governo Municipal e presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur.

O representante do NDB, Fernando Silva, avaliou que Curitiba está com um olhar voltado para o futuro, ao lembrar que o município tem vários projetos na área de mobilidade urbana com o aval e aporte de instituições de renome, como o Projeto Inter 2, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e o projeto de recuperação ambiental e de ampliação da Rede Integrada de Transporte (RIT), financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

“São movimentos na direção certa, que mantêm Curitiba em destaque no transporte público mundial. Contribuir para a concretização de um projeto de destaque como o Corredor Leste-Oeste é uma realização para nossa instituição”, ressaltou Silva.

O NDB vai ser o financiador das obras de infraestrutura à operação do Ligeirão no Corredor Metropolitano Leste-Oeste e do Eixo Sul. A disposição do banco em contribuir com sugestões para aprimorar o projeto foi ressaltada pelo presidente do Ippuc:

“A requalificação do Eixo Leste-Oeste vai melhorar a vida das pessoas e essa visita contribuiu com melhorias para este projeto. Com as orientações que recebemos, vamos ter um fluxo mais célere na sequência dos encaminhamentos quando assinarmos o contrato com o banco”, disse Jamur.


Segurança viária

Desde quarta-feira (17/2), Fernando Silva e a consultora especialista em Segurança Viária Marta Obelheiro cumpriram uma agenda com equipe da Prefeitura – com integrantes do Ippuc e da Superintendência de Trânsito (Setran) – que incluiu reuniões e uma visita a toda extensão do Eixo Leste-Oeste.

Foram avaliadas situações do dia a dia nos cinco terminais que fazem parte do Eixo – Campo Comprido, Campina do Siqueira, Capão da Imbuia, Vila Oficinas e Centenário – e em todo percurso do corredor. Situações de acessibilidade e mobilidade, especialmente em relação aos pedestres e ciclistas, foram discutidas e vão receber recomendações em um documento a ser elaborado pela especialista, para serem incorporadas nos projetos do novo corredor do transporte público.

“Curitiba tem uma atuação bem consistente em segurança viária, inclusive nos corredores de BRT, que têm desafios específicos. O objetivo é tornar o projeto do Eixo Leste-Oeste, que já é bom, ainda mais seguro”, destacou Marta Obelheiro.


Investimentos

Para a realização das obras, serão investidos US$ 93,75 milhões (R$ 507,49 milhões, na cotação de 17/2 do Banco Central), como parte do Programa de Aumento da capacidade e Velocidade do BRT no eixo Leste-Oeste e Sul. Serão US$ 75 milhões (R$ 405 milhões) financiados pelo NDB e US$ 18,75 milhões (R$ 101,5 milhões) em contrapartidas municipais, em um programa a ser executado em cinco anos.

Até que seja assinado o contrato de financiamento e definidos os cronogramas de desembolso, serão seguidos os trâmites de empréstimos internacionais avalizados pela União, que passam pelas etapas de validação pelo governo federal e posterior aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE).

Categoria: Transporte Coletivo