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Fruet recebe manifestantes e diz que redução da tarifa exigiria tirar recursos de outras áreas


Foto: Everson Bressan/SMCS

| 20/6/2013

O prefeito Gustavo Fruet recebeu nesta quarta-feira (19) um grupo de nove representantes da Frente de Luta pelo Transporte. Depois de ouvir as reivindicações do movimento, Fruet apresentou os principais números do sistema de transporte integrado da Região Metropolitana, que indicam a inviabilidade da uma redução imediata na tarifa cobrada do usuário. Ele lembrou que reduções no valor da tarifa exigiriam a retirada de recursos de outras áreas, como saúde e educação, e não teriam qualquer impacto sobre o valor pago às empresas de ônibus – cujo lucro também é objeto de contestação do movimento.

"Estamos agindo com responsabilidade e total transparência. Queremos que toda a sociedade conheça a situação do sistema de transporte, que pode entrar em colapso se adotarmos medidas populistas", disse Fruet.  "Se não surgirem novas fontes de financiamento do sistema, qualquer redução de tarifa representará prejuízo para a população, que terá menos investimentos em saúde e educação, e nenhuma perda para as empresas de transporte."

O prefeito lembrou que o pagamento às empresas, assim como o reajuste anual das tarifas, em fevereiro, está previsto em contrato, firmado após licitação feita durante a gestão de Beto Richa na Prefeitura. "Qualquer que seja o valor da tarifa cobrada do usuário, as empresas vão continuar recebendo R$ 2,99 por passageiro que utilizar ônibus", explicou. O valor de R$ 2,99 corresponde à chamada tarifa técnica. A diferença de R$ 0,14 para os R$ 2,85 cobrados atualmente dos passageiros é coberta por subsídios e isenções.

Fruet lembrou também que cerca de 52% dos passageiros da Rede Integrada de Transporte (RIT) utilizam cartão transporte carregado com créditos fornecidos por seus empregadores. No ano passado, dos 302 milhões de passageiros pagantes, 155.855.605 pagaram por esse meio. Para os que não descontam em folha de pagamento qualquer percentual referente ao transporte, reduções na tarifa seriam inóquas.

Tarifa técnica

De acordo com Gustavo Fruet, o esforço da Prefeitura é para obter todos os números de forma clara, sanear o sistema e estabelecer uma tarifa técnica justa. "Para isso criamos uma comissão de verificação da tarifa, abrimos auditoria e pedimos o apoio do Ministério Público e do Tribunal de Contas", afirmou.  "Nossa luta é para discutir e, se possível, reduzir a tarifa técnica, que é o valor pago às empresas e hoje é fator de criação de déficit no sistema. Isso depende de uma complicada auditoria da tarifa, que está sendo realizada com a participação de sociedade."

O prefeito frisou que, se tivesse um sistema de transporte independente, Curitiba poderia reduzir a tarifa para R$ 2,77. No entanto, a cidade faz parte de um sistema integrado, que reúne outros 13 municípios, localizados a distâncias variadas da capital. A tarifa (R$ 2,85) é a mesma para todos, mas os custos variam, e são mais elevados quanto maior a distância da capital. Na hipótese de uma desintegração, alguns municípios teriam tarifa em torno de R$ 4,00.

"Para Curitiba seria muito cômodo baixar a tarifa. Mas não estamos discutindo um ponto isolado. Estamos discutindo um conjunto de fatores – entre eles a integração do transporte metropolitano, que é uma conquista da população da região", afirmou.

Categoria: Tarifa