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Rede Integrada tem tarifa mais barata que 95% das linhas metropolitanas
Foto: Luiz Costa/SMCS

A tarifa da Rede Integrada de Transporte (RIT), que inclui as 250 linhas da capital e mais 106 linhas dos 13 municípios integrados, é uma das mais baixas entre as tarifas do transporte na região metropolitana. Considerando as 83 tarifas fixadas pelo governo estadual para o transporte intermunicipal na região, a tarifa de Curitiba é mais baixa em 95% dos casos.
O valor atual de R$ 2,85 pago pelo usuário da RIT chega a ser 32% menor, se a comparação for feita com a tarifa paga na linha Agudos do Sul, que é de R$ 4,20. Comparando com a tarifa das linhas Araucária/Campo Largo e Curitiba/Contenda, o valor pago na RIT é quase 29% menor. Tais linhas fazem parte do total de 83 linhas metropolitanas não integradas ao sistema de Curitiba.
De acordo com a legislação em vigor, cabe ao governo estadual, por meio da Comec (Coordenação da Região Metropolitana), o gerenciamento do transporte intermunicipal na Região Metropolitana de Curitiba, bem como a fixação das tarifas das linhas não integradas.
Em razão do convênio celebrado com o governo estadual, a Prefeitura de Curitiba, por meio da Urbs (Urbanização de Curitiba S.A.), gerencia a RIT, que atende os municípios de Campo Magro, Campo Largo, Almirante Tamandaré, Colombo, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Araucária, Contenda, Itaperuçu, Rio Branco e Bocaiúva do Sul.
O custo operacional do transporte coletivo em Curitiba é de R$ 2,9336 por passageiro pagante. No âmbito metropolitano, esse custo chega a R$ 4,0731. Para remuneração das empresas operadoras, urbanas e metropolitanas, é utilizada a mesma tarifa técnica, no valor de R$ 3,1821, que corresponde ao valor ponderado de tais custos operacionais.
“É necessário aportar recursos expressivos para subsidiar a diferença entre a tarifa dos usuários de R$ 2,85, e aquela de R$ 3,1821, utilizada para remunerar as empresas. Essa defasagem é observada desde 2010, início da concessão do transporte em Curitiba. Porém, há limites para esse desequilíbrio, que pode afetar outras áreas, como saúde e educação”, diz o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior.
Além disso, Curitiba também arca com o custo de manutenção da infraestrutura de transporte (terminais, estações, pontos de ônibus, sistemas de controle e fiscalização) da RIT. São mais R$ 30 milhões/ano, que não entram no cálculo da tarifa técnica e também não são compartilhados com o governo estadual ou com os demais municípios da Rede Integrada de Transporte.
Em 2013 e 2014, Curitiba teve as menores tarifas dos últimos 20 anos em relação ao salário mínimo.