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Sustentabilidade

Transporte

O respeito ao meio ambiente e a busca de soluções para reduzir os impactos ambientais do transporte coletivo fazem parte da trajetória do sistema de transporte urbano de Curitiba. Conheça as experiências, os resultados e os projetos em andamento.

A qualidade do ar é uma das grandes preocupações do mundo atual e um dos principais componentes da qualidade de vida dos cidadãos, uma vez que a emissão de poluentes na camada atmosférica pode provocar danos não só à saúde, mas prejudicar a sustentabilidade do planeta. Neste sentido, qualquer ação que tenha como objetivo diminuir os impactos sobre a qualidade do ar é de grande importância para a cidade.

A atuação da URBS junto às empresas operadoras, com o objetivo de controlar as emissões de poluentes, se dão através de testes de opacidade previamente programados, visando uma regulagem correta dos motores dos ônibus do Transporte Coletivo da Rede Integrada de Transporte (RIT).

Em 2018, foram realizados mais de 4.000 testes de opacidade nos veículos da frota do sistema de transporte coletivo. A partir destes testes, mensurou-se redução superior a 50% da opacidade comparada à média dos limites estipulados pela legislação nacional.

Ainda, em paralelo aos testes de fumaça, a URBS, buscando a preservação do meio ambiente, bem como a segurança dos usuários e as boas condições dos ônibus da frota, realiza inspeções semestrais em todos os veíulos da RIT, nas quais são vistoriados vários itens, entre eles, o estado de conservação dos motores, contemplando a eliminação de vazamentos de óleo e de eventuais ruídos excessivos.

Medição de fumaça no escapamento

As reduções ambientais nos programas Biodiesel B-20 e MAD8, foram de 35% e 32% respectivamente, constatadas a partir do índice de opacidade. Os resultados ambientais da utilização de combustíveis alternativos ao diesel são significativos e contribuem para a melhoria da qualidade do ar, principalmente nas grandes capitais do Brasil, onde os sistemas de transporte coletivo são ainda, em grande parte, operados por ônibus. Estas alternativas produzem também impacto social, uma vez que o Brasil é um dos maiores produtores de soja e álcool, e o incremento do uso destes combustíveis alternativos provoca geração de empregos, especialmente no campo.

Projeto Biodiesel B100

No ano de 2009, coordenado pela URBS S/A, a cidade passou a utilizar, em parte de sua frota de ônibus, o B100 de origem 100% vegetal ; contribuindo para a redução da emissão de poluentes na atmosfera, caracterizando um grande avanço para a saúde do planeta. Em uma iniciativa inédita, os 06 (seis) primeiros ônibus urbanos do país passaram a operar no transporte coletivo utilizando apenas biodiesel - B100, na Linha Verde - 6º corredor de transporte implantado em Curitiba. Com este programa, Curitiba tornou-se a primeira capital na América Latina a utilizar em parte de sua frota de ônibus o Biodiesel - B100, que contribuiu significativamente para a redução das emissões de poluentes na atmosfera, caracterizando um grande avanço para a saúde do planeta.

A experiência do B100, combustível produzido integralmente a partir de soja, sem mistura de óleo diesel, foi feita a partir da assinatura do Acordo de Cooperação para Pesquisa Técnica de Uso do Biocombustível em ônibus Urbanos, com parceria da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, das empresas operadoras do transporte Viação Cidade Sorriso e Auto Viação Redentor, das montadoras Scania Latina America e Volvo do Brasil, do Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), e do Programa Brasileiro de Desenvolvimento Tecnológico e Combustível (Probiodiesel), empresa de fomento e pesquisa tecnológica. Também integram esta parceria a fabricante do biocombustível - BSBios Indústria e Comércio de Biodiesel Brasil Sul S/A e a RDP Distribuidora de Petróleo Ltda, responsável pelo transporte do biocombustível.

Com base nos testes realizados em dinamômetro, constatou-se que os veículos que operaram com B100 apresentaram redução de 25% nos índices de opacidade e 30% nos índices de emissões de monóxido de carbono, comparados aos demais ônibus que trafegam no corredor da Linha Verde e que operavam com uma mistura de diesel e 4% de biodiesel. Já nos testes realizados em campo, foi constatada redução de 67,74% dos índices de opacidade (fumaça).

Face aos resultados apresentados, comprovando o sucesso do projeto coordenado pela URBS, em 2010 esta empresa solicitou autorização da Agência Nacional de Petróleo - ANP - para aumentar o volume de biodiesel B100 de 10.000 mil litros/mês/empresa, para 50.000 mil litros/mês/empresa e, consequentemente, aumentar a quilometragem mensal percorrida pelos 6 ônibus, de 2.500 km/mês para 8.500 km/mês. Em 2011, novamente solicitou-se à ANP, uma expansão no volume consumido de biodiesel, passando de 100.000 litros/mês para 270.000 litros/mês.

Em 2018, a frota de ônibus que opera com Biodiesel B100 na cidade de Curitiba totaliza 34 veículos, sendo 26 biarticulados, 6 articulados e 2 padron híbridos, os quais percorrem uma quilometragem média de 185.000 km/mês com consumo de aproximadamente 130.000 L/mês de Biodiesel B100.

HIBRIBUS:

Na área de transporte, o ano de 2012 foi novamente marcado pela inovação, no que se refere à redução de emissão de poluentes no transporte coletivo. Na Conferência Rio+20 a cidade apresentou o ônibus híbrido que é mais um avanço na trajetória pioneira da capital paranaense de utilização de energia limpa no transporte coletivo. O "Híbrido", como ele é chamado, é movido à eletricidade e biodiesel B100 e entrou em operação na frota do transporte coletivo de Curitiba em setembro de 2012, substituindo inicialmente 10 (dez) veículos da frota da Linha Interbairros I nos dois sentidos. Atualmente, são 30 (trinta) veículo híbridos na frota do transporte coletivo da capital paranaense.

Os 2 (dois) motores funcionam em paralelo e, se comparada à frota substituída - com motores Euro III - a frota de "Híbridos" significará uma redução de 89% na emissão de material particulado, 80% de óxido de nitrogênio (NOX) e  35% de CO2, além da redução de consumo de até 35% de combustível.